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Pode passar dez, vinte...cem anos a dor vai sempre está ali, no peito de cada fã Sabe por quê? Parece que foi ontem... Deixo a minha homenagem para todo sempre; MICHAEL JACKSON!!! de sua eterna fã! ♥

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

De minha autoria!

                                     Os poderes de Raquel


   Você acredita em heróis?

   Ultimamente ando a pensar seriamente num modo de vida um pouco peculiar... Alias ando na dúvida se estou a me tornar uma Emo não por ter virado moda... Mas porque começo a descobrir em mim aspectos em comum com gostos e emoções.

   Cheguei à conclusão de que EMO é só um adolescente, como todos são como outros foram como outros serão. A diferença é que agora rotularam. Em todos os tempos, sempre houve a juventude diferente, que sofria preconceito, que era considerada maluca, insuportável, sei lá mais o que. Não há porque alimentar o ódio e o moralismo só porque agora você não faz parte desse movimento (independente do nome que tenha). Sou apenas uma adolescente de 15 anos comum como todas as outras, mas que não escondi seus sentimentos, não os reprime e os demonstra através do modo de vestir, falar, nas musicas que ouve, no modo de pentear o cabelo, de se portar, eu sou transparente e aparento ser e sentir muita coisa ao mesmo tempo dependendo da situação em que me encontro. Ando chorando por tudo que me emociona estando em qualquer lugar, choro, pois não consigo guardar sentimentos. Ando quebrando e jogando longe tudo que encontro quando estou com raiva, quebro, pois não consigo guardar sentimentos. Estou amando um menino da minha turma, amo, pois não consigo guardar sentimentos; mesmo ele não me dando bola, o amo e vou amar até meu coração não querer mais. Até lá vou continuar sofrendo, chorando pelos cantos por ele me desprezar. Namoro com ele em meus pensamentos, nos meus sonhos e ilusões. Escrevo poemas, pois não consigo pensar tantas coisas de uma vez só, por isso escrevo para aliviar minha dor, a dor de ser sozinha mesmo tendo o mundo ao meu redor.

   Tenho uma família aparentemente normal; com um pai e uma mãe; quer dizer tinha uma mãe e tenho dois irmãos, a Lílian e o Caio. A Lílian é uma patricinha muito fresca e o já o Caio é um Emo, o que estou me tornando. Mas não foi ele que me influenciou. É uma história que não tem um final feliz. Foi no passeio ao parque de diversões,quando tinha sete anos, ela não queria ir à montanha russa, mais eu a fiz entrar comigo, chegando no alto ela, sofreu um ataque do coração,eu sabia que tinha problemas no coração mesmo assim insistir para que fosse ,chorei muito nesse dia e todos os dias que estou sem ela,me sinto muito culpada por ela ter morrido,tudo culpa minha,sofro muito até hoje.

   Heróis?Você acredita em heróis?Já deve ter ouvido essa pergunta antes. Também foi a primeira pergunta que fiz. Bom, não sei se acredito nisso, não passa de histórias em quadrinhos e seriados na televisão. Mas acho que posso me tornar um desses desenhos de histórias em quadrinhos. Vou explicar.

   Disse que era uma menina normal, claro que sou, até descobrir uma coisa, que não sabia sobre me mesma. De uns tempos para cá vim me sentindo diferente, deve ser porque de uns tempos para cá não sabia que fazia coisas diferentes. Diferentes como? Bom... Não estou ando voando por ai, mais faço umas coisas bem legais, me assustei na primeira vez mais depois, fui me acostumando. Então não fique assustado quando souber. Bem isso começou numa quarta feira a noite, estava com muita raiva porque o menino que gosto beijou outra garota ,chorei muito, fui até a janela do meu quarto e olhando para o céu vi uma estrela cadente...Não ria é verdade.Bom estava com muita raiva então fiz um pedido bem exótico.,com muito esperança disse “eu quero ganhar poderes especiais para acabar com a vida desse menino e com a vida das garotas dele e de todos que se metem comigo”.Bem depois que falei ri de mim mesma sem esperança de que isso poderia acontecer,pelo que sei e você sabe não existi esse tipo de coisa.

   Sempre acordo bem cedo e esse dia não foi diferente. Tomei meu banho, como sempre, tomei o café da manhã e fui para escola. Tive a mesma aula de sempre, com os mesmos professores e alunos chatos. Depois fui para cantina, lá encontrei Meu amigo Michael, ele era bem legal comigo,quando digo legal,muito legal mesmo, fazia tudo que pedia, sem reclamar,acho que se pedisse para morre no meu lugar ele iria,era um tremendo amigão. Mas também encontrei o Caio, me esquece de falar, mais esse era o nome do menino que gostava,era o mais popular da escola e só pegava às garotas populares, como a Karen, a menina com quem estava aos beijos. Fiquei com muita raiva,o Michael percebeu logo e não gostou,acho que é porque ele não gosta de me ver assim triste, afinal sou a melhor amiga dele. Então sai dali e fui para sala de aula, ninguém ia me incomodar lá. Chegando lá sentei na cadeira e chorei muito e desejei algo com muita raiva “tomara que aquela menina tropece e quebre o braço”. Logo o Michael veio me chamar dizendo que a Karen havia quebrado o braço, fiquei muito assustada é claro, como ficaria se algo que você pedisse se realizasse assim na mesma hora. Foi isso mesmo que aconteceu,mas não fiquei feliz sabe,estava com raiva quando pedi isso. Sábio ditado àquele que diz; cuidado com o que deseja!De cara achei que foi só uma coincidência e fui ver logo a Karen com o Michael. Chegando lá estava ela indo para o hospital com o Caio, derramando rios de lagrimas. Deu-me mais raiva ainda, mais me controlei. No dia seguinte estava ela com o braço engessado. Tentei falar com ela, mais nem me deu bola, voltei a odiá-la. O caio nem queria saber mais dela. Partiu para outra e a vitima dessa vez foi a Isabela, uma menina muito legal, mais que estava afim dele. Eles ficaram alguns dias, até eu fazer um outro pedido “tomara que ela fique de catapora, quero ver ele beija-la assim”. E não é que no dia seguinte a menina não foi pra aula porque estava de catapora. Soube disso na hora da chamada,a professora nos contou,dei muita risada, até a professora perguntar:

- Algum problema Raquel?

Respondi:

- Não professora!

  O caio já estava ficando cismado “mais uma menina que fico e ela acaba se dando mal.”

  Estava adorando toda aquela situação. Mais ele não se cansou, ficou com outra menina, mas dessa vez fui muito cruel desejei que ela ficasse com um mau cheiro horrível na boca, ai queria ver ele beija-la.Ah!Não preciso dizer que o desejo se realizou e o caio largou ela. Estava com um poderoso poder nas mãos podia ter o que quisesse, podia até salvar o mundo. Mais fui devagar, bem devagar. Primeiro fui logo pedindo que meu pai comprasse uma teve a cabo para colocar no meu quarto, no dia seguinte, de repente, olha a TV lá. Depois pedi que minha irmã me tratasse muito bem, a menina me deu até presentinho. Estava adorando aquela vida. Depois parti para a segunda etapa; a escola. Primeiro comecei pela professora mais chata do colégio, desejei que viajasse e viesse outro professor no seu lugar, um bem legal. E veio o Carlos, era o professor mais legal da 8ª serie, ele sabia entrar na onda da galera. Estava com um poderoso poder nas mãos, posso fazer tantas coisas legais. Posso acabar com a guerra, a violência, discórdia, infelicidade, tristeza... E todos os outros sentimentos ruins que existe no mundo. Mas não vou desperdiçar meu poder fazendo isso. O homem é responsável pelos seus atos, ele tem livre arbítrio, e é culpa dele o mundo estar dessa forma. Em relação a isso não irei fazer nada.

  Chegou à hora de pensar mais alto, vou deixar minha vida mais legal, bem legal. Que isso tenho um enorme poder nas mãos posso ter o que quiser esquece essa de emo de ficar se lamentando por ai,e vou ser feliz,muito feliz.Sabe o Caio não quero mais ele,posso ter todos os gatinhos que quiser,não vou ficar atrás dele né.Já arranjei até um gatinho,o Michael nunca tinha reparado mais ele gosta de mim,está apaixonado por mim e eu vou deixar ele feliz namorando com ele.Agora que sou a menina mais popular,inteligente da escola posso ter e fazer o que quiser.

  Quem não queria ter um poder desses!É demais!Vou aproveitar,porque se ele for embora me deixará muito feliz.






  Olha como estou linda com meus 16 anos,é consegui tudo que queria e posso conseguir muito mais,basta eu querer!








segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

De minha autoria!

                             O filho do preconceito







Mais de quatro séculos de pregação racista se encarregou em provocar o desprezo do próprio negro à sua raça, roubar da identidade que foi arrancada à força do continente africano. Ser negro no mundo é, na verdade, é grande provação. Falo por experiência própria.







Meu nome é Michael Alonso Estevão de Souza, nasci 7 de agosto de 1958, sou afro-brasileiro, com fortes traços negros: o primeiro, por parte da minha mãe, que se chamava Mariana Estevão de Sousa e o segundo, por parte do meu pai, atendia pelo nome de José Mariano Estevão da Silva. Este último era filho de um português de nome Jerônimo Ribeiro Gonçalves com uma negra de nome Francisca Freire de Matos. Tiveram um breve romance e acabaram se casando mesmo sendo uma grande parte da sociedade contra. Lutaram muito para viver em paz, enfrentaram muito preconceito e discórdia. Meu pai nasceu de cabelos lisos e olhos castanhos claros com traços negros. Teve uma vida sofrida criança e adolescente, pois com seus 23 anos, saiu de sua cidade natal e foi morar na cidade vizinha. Lá constituiu uma família se casou com minha mãe Mariana e com ela teve sete filhos, cinco homens e duas mulheres. Ele trabalhava de mecânico, tinha sua própria oficina e a minha mãe era lavadeira. Morávamos num apartamento; não era de luxo... Até parece que uma família de negros de classe baixa teria um apartamento digno, logo nos anos 60 onde o preconceito estava em alta. Falar isso naquele tempo era digno de ironia. E olhe, só fez aumentar com o tempo. Por isso meu pai não me deixava sonhar, como era o filho mais velho comecei a trabalhar de ajudante na feira, não ganhava muito e o que ganhava tinha que dar aos meus pais. Isso foi em 63 quando tinha cinco anos, idade que comecei a trabalhar. Se não trouxesse pelo menos R$ 5,00 reais, apanhava, meu pai me batia com o que estivesse em sua frente, já chegou a me bater com fios de ferro. A minha mãe o suplicava para parar, mais ele não parava, já cheguei a odiá-lo. Meus irmãos me desprezavam como ele, tudo que acontecia com eles era culpa minha, mais um motivo para me baterem. Era um menino que não recebia nenhum afeto e compaixão da família.


O tratamento que meus irmãos recebiam era totalmente diferente do meu, eram tratados com carinho e eu com muita pancada e tapa na cara, sendo em casa ou na rua, passei minha vida a perguntar por quê? Nos dois lugares era excluído e maltratado, não fazia diferença nehuma. Por isso quando fiz 7 anos fugi,passei cinco dias fora de casa nas ruas,ninguém foi me procurar,exceto minha mãe que ficou preocupada comigo e saiu a minha procura.Me encontrou com um grupo de meninos de rua brincando.E pediu que fosse para casa com ela,e eu fui.Cinco minutos depois me arrependi,pois na porta de casa encontramos meu pai,que gritou muito com conosco e me levou para dentro de casa a tapas e berros.Depois de bater e gritar comigo,deixando marcas por todo meu corpo me trancou no quarto me deixando lá o dia inteiro,sem água e comida,sem ver se quer a luz do sol.Meu quarto...É elogio chama-lo assim, porque nenhuma criança merecia ter um quarto daquele.Era úmido,com uma cama quebrada,o guarda roupa as portas já havia se quebrado,uma delas ele mesmo arrancou para bater em mim,um quarto sem janela e era pra lá que ia chorar quando estava triste e toda aquela cena me deixava mais triste ainda,que passava horas deprimido no quarto.Mesmo assim pela manha logo cedo tinha que sair para trabalhar.


Na feira via varias crianças com suas mães felizes me imaginava no lugar delas,quando me aproximava para conversar com os filhos delas,eles saiam com medo de mim. Nada diferente da minha vida em casa, com meus irmãos, eles nem falavam comigo, só falavam comigo para me esnobar, principalmente quando tinha algum brinquedo e merenda, só eles ganhavam, e se aproveitavam para esfregar na minha cara.


A escola era o único lugar onde me tranqüilizava, pois lá tinha amigos, que não me excluíam, também tinha uma menina chamada Lisa, era a menina mais doce que existia que sempre me ajudava quando uns valentões viam me bater. Fiquei caidinho por ela, fazia tudo pra fazê-la feliz, só eu a conhecia de verdade. Assim com o tempo fui me tornando seu melhor amigo.


Sabe teve uma vez, tinha 11 anos; eu e ela estávamos sozinhos na sala, eu fui me aproximando e a beijei, de repente aparece nossa professora... Havia uma grande diferença entre eu e Lisa; era ela branca e eu negro por isso grande parte dos alunos não gostava de nos verem juntos. Então quando a professora nos viu, pensou que eu estava a forçando a me beijar, logo deu um grito chamando atenção de quem estavam passando, os meninos vieram me segurar e a professora chamou a policia, 15 minutos depois estava na prisão para jovens infratores. Lá apanhei muito, sofri demais por uma injustiça e por ser negro e pobre.


Meus pais não podiam me tirar daquele lugar, tinha que ficar preso durante um mês, como uma espécie de castigo, já que meus pais não podiam pagar fiança e nem advogado.


Um mês se passou, e o dia de sair da prisão chegou. Já era excluído por ser negro de classe baixa, agora era negro, pobre e ex-presidiário, minha situação piorou muito. Assim que cheguei em casa todos haviam saído exceto meu pai que me esperava para uma conversa .Em cima da mesa havia um pedaço de galho de arvore muito grosso.Começou me mandando tirar a roupa...Nunca esquece desse dia.Comecei a chorar ai que ele gritava mais comigo. “Tire a roupa!!!!!!”Ah...Seus olhos estavam cheios de ódio e os meus cheios de lagrimas.Ele não teve pena, depois que tirei a roupa me levou para o banheiro e começou a me bater,sem dor ou piedade,me bateu tão forte,mais tão forte que meu corpo não ficou só de marcas,mas,também cheio de ferida.Quando minha mãe chegou,ela o suplicou para parar,mas ele não parou,coitada...Não podia fazer nada,pois a porta estava trancada,apenas sentou e chorou comigo.Ele só parou quando estava cansando,saiu e trancou a porta,não permitiu que ninguém me visse,só pela manha,bem cedo que,me acordou para trabalhar.


Com dificuldade viste minha roupa, pois meu corpo estava todo dolorido. As pessoas me olhavam diferente, pior do que me olhavam antes, saiam me apontado como o menino estrupador. Voltei sem nenhum tostão, e assim foi durante meses, e nesses longos meses, por não levar nada para casa, apanhava do meu pai.


Na escola a minha situação piorou de vez, a escola não queria que estudasse mais lá, acabei que fui expulso. Meu pai me bateu como sempre, mas depois me colocou para trabalhar na sua oficina como ajudante, tinha 12 anos, não ganhava nada, exceto quando os clientes me davam gorjeta. De gorjeta ganhava 5,00 reais por serviço, era um ótimo dinheiro. Trabalhei com ele até meus 13 anos. E em todo esse tempo guardava uma parte do dinheiro, para fugir.


Com meus 13 anos, me deparei com o inferno, pois vagando pelo bairro a noite encontrei um grupo de garotos que estavam na mesma situação que eu,tinham uma família desestruturada,pais que o batiam,mães que não ligavam para eles,logo percebi que minha situação não era tão grave assim,tinha uma família estruturada,com pai,mãe e irmãos,mas que não ligavam pra mim,éramos mesmo um grupo de moleques sem futuro,foi isso que me disseram e acabaram me convencendo me levando pra beira do abismo com eles.Comecei a fumar cigarro,tomar bebidas alcoolizadas,rapidamente passei para algo mais grave,em uma noite me ofereceram cocaína,de inicio recusei mas,depois cedi e desde aquele dia não parava de fumar essa droga maldita que me viciei facilmente.


Não durou muito tempo para meus pais perceberem que estava me drogando. E as conseqüências foram bem graves, pois dessa vez meu pais não só me bateu como me expulsou de casa, me tirou de lá aos berros, falando para todo mundo ouvir que era um drogado e a partir daquele dia não era mais seu filho, não pude nem me despedir da minha mãe, a deixei chorando e fui chorando para... Onde?Não tinha a mínima idéia, só caminhei, e quando dei por mim já estava longe da minha casa, família e de todos, estava sozinho, até encontrar outro grupo de moleques drogados, eu não resistir e fumei com eles, passei dois anos da minha vida com eles nas ruas,dormindo onde podia,comendo o que achava e fumando muito. Fumava tudo que me davam, e sempre acabava me viciando. Foi então que parei no pronto socorro por overdose. Eles mesmo que me socorreram me deixaram na porta do hospital publico dois médicos me encontraram tento uma convulsão,chamaram a emergência e cuidaram de mim,não me trataram tão bem assim,afinal não tinha nada,nenhum documento,absolutamente nada,ninguém me conhecia,ninguém me respeitava.


Passei três meses no hospital, tirei as conclusões de que é melhor ficar lá do que viver em família e sofrer de novo. Mais depois que encontrei a Raquel Oliveira pensei diferente.


Raquel era uma enfermeira de 25 anos que morava num apartamento no centro da cidade, ficamos muito amigos no hospital,ela me fez ver que viver em família não é tão ruim assim,sempre me aconselhava a encontrar a paz eterna porque só assim minha vida iria mudar,sempre lia a Bíblia para mim mas não imaginava que ela teria coragem de fazer aquilo, mas foi a sua decisão mudou minha vida.


Em uma das nossas conversas me falou que gostava muito de mim, fiquei todo metido,ela falou logo que não era do jeito que estava pensando,era como filho,ficou comovida com minha história; sabendo que meus pais não queriam mais saber de mim, ficaria mais fácil me adotar e foi isso que fez, me adotou e me levou para morar com ela. Fiquei muito feliz lembro de que não acreditei quando me falou, pensei que só queria me usar como seu empregado, mas depois me falou coisas lindas, que minha vida iria se transformar. Lembro do dia que tive alta e ela pode me lavar pra casa. Primeiro fui à barbearia onde cortei o cabelo e fiz a barba, que não era muita, depois me levou para comprar roupas novas e sapatos, foi um sonho. Não acreditei quando vi aquela casa linda, não aquecida e confortável, e o meu quarto, um sonho que virou realidade, tudo novinho. A cama era tão macia que parecia uma nuvem. No jantar a comida era deliciosa, podia me deliciar com todas as merendas que quisesse. Além disso, agente brincava muito, assistia filme, contava piadas, histórias de terror em dias de chuva, estava vivendo um verdadeiro sonho, que temia muito que acabasse. Então decidi lhe perguntar por que me adotou, já fui pra cadeia, me droguei muitas vezes, por sorte você me ajudou a encontrar a paz interior e me tirou desse caminho, que aparentemente é sem volta, vive nas ruas, sujo, como um criminoso, então porque cuida de mim?Ela me respondeu que não se importava com o que eu fiz e sim com o que eu sou agora, pois sabia que tinha um coração muito bom, e que é isso que importa. Apenas lhe agradeci.


Chegou o dia deu ser oficialmente seu filho,o promotor levou uns papeis para ela anotar e assim se tornar de verdade minha mãe.E foi o que aconteceu,logo me colocou em uma escola particular,nunca tinha estudado numa escola paga,achava que tudo era filhinho de papai e estava certo.Como estava com meus 13 anos,fui para sétima serie,os professores eram muito eficientes,me tratavam muito bem,não por gostarem de mim e sim por estar pagando;logo vi a diferente que o dinheiro faz.


Fiz novos amigos, três deles se chamavam: Willian, Isabela e Julia, eram ótimos amigos e com o tempo se tornaram meus melhores. Os três tinham treze anos, eram negros igual a mim, por isso era meus únicos amigos. Logo percebi que não importava onde estava, existiria sempre preconceito.


Eu e meus amigos vivíamos aprontando com os alunos que não gostavam da gente. Raquel sempre ia me buscar na escola, e antes de ir pra casa passávamos em uma lanchonete. Inclusive foi nessa lanchonete que comemoramos meu aniversario de 14 anos, foi maravilhoso, eu, ela e meus melhores amigos, fizemos a festa. Então ela me perguntou qual era meu pedido de aniversário e eu lhe respondi que queria muito ver minha antiga família, queria muito rever minha mãe. Ela me perguntou se era isso mesmo que queria e eu lhe respondi que sim; então logo pela manhã, nós fomos visitar minha antiga família. De cara encontramos meus irmãos na porta brincando, já estavam bem grandinhos, logo saíram correndo para avisar a meus pais que havia voltado para casa. Minha mãe saiu correndo para me abraçar, quanto ao meu pai, ficou olhando a cena, com uma grande cara de arrependido. Mas como era muito orgulhoso não foi falar comigo, então eu mesmo tomei a iniciativa de abraçá-lo. Depois entramos em casa, fiz as apresentações, todos ficaram muito assustados ao saber que fui adotado. Minha mãe agradeceu muito à Raquel, por cuidar de mim no hospital e me tirar do caminho das drogas, ela respondeu que era um menino maravilhoso e de muito bom coração, meus irmãos e meus pais deram uma risada de deboche, Raquel se irritou muito, me mandou se despedir da minha mãe me levou embora.


No caminho muito estressada veio comentado como eles podiam me tratar assim, respondi que já estava acostumado,pois eles nunca acreditavam em mim.Com muita raiva me disse que nunca mais iria me levar para ver minha família. Fiquei desesperado, pedi que desistisse dessa decisão, falei que ela estava fora de si. Mas ela não me ouviu, então gritei para ela parar o carro, ela teimou que não, então tomei o volante e fiz a parar. Ela disse que era louco, que podia ter nos matado, mas nem ouvi,só lembrava dela dizendo que nunca mais iria ver minha família,ela debateu dizendo que eles me tratavam mal e lhe disse:me tratando mal ou não são a minha família e isso que importa .Mas ela não desistiu e disse que nunca mais iria ver aquelas pessoas.Nem quis saber,sai desesperado do carro,mas quando atravessava a rua vinha um caminhão em alta velocidade,nunca mais vi meus pais,pois naquele momento fui embora para nunca mais voltar.Por sorte o caminhão não me pegou.Passei o resto da minha juventude,vagabundado por ai,morei sozinho,trabalhei no supermercado.Quando adulto me casei com uma linda mulher chamado Aline,com ela tive 2 filhos,um casal,sou muito feliz com ela.Mas nunca mais vi minha familia de novo.
moramos numa bela casa faço o que posso para dar aos meus filhos o melhor,mas ainda sofro muito preconceito de muita gente que só sabe avaliar pela cor da pele.Isso é depravante,viver numa sociedade como está,mas a unica coisa que posso fazer é lutar cada dia por um mundo melhor.

































sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

De minha autoria!

  Flordelis









   Uma linda donzela como nunca se viu, um verdadeiro mistério para todos até mesmo para seus pais. Vivia como uma prisioneira, numa fazenda com eles, rodeada de serviçais que faziam todas as suas vontades, mas nada disso a deixava feliz,pelo contrario,ficava triste cada vez mais. Até seu pai decidir casa-la, com um desconhecido, mas, rico e poderoso, que na sua visão a faria muito feliz. Mas ele não passava de um calhorda que só queria tê-la em seus braços. Essa foi uma Decisão que transformou sua vida e a si mesma para sempre.










            Flordelis Marquês Felizardo Pinto, filha de Albuquerque e Catarina Felizardo Pinto. Mais conhecidos como os Felizardos. Família irreverente, poderosa, fazia tudo que queria, do modo que queria e na hora que queria, sem arrancar rumores de ninguém, pelo menos, não na frente de algum deles. Viviam na fazenda Quatro Estações, propriedade da família, que herdou recentemente o lugar depois do falecimento de Constantino Rodolfo Marquês de Andrade, avô materno de Flor. Logo a fazenda irá passar para o nome de Flor, pois o seu pai está à procura de uma pretendente para seu noivado. O que não a deixa muito feliz, não por gostar de outro homem e sim por medo, mas, medo de que?Do casamento é claro. Flor tinha apenas 15 anos e como todas as outras meninas na época não era muito experiente nesses assuntos, talvez por nunca ter conversado com alguém sobre . Por vergonha ou por medo de não ser como ela esperava? Talvez os dois!Pois ninguém sabia o que passava na cabeça de uma menina como ela, pois era tão submissa aos pais, fazia tudo o que queriam sem falar absolutamente nada, sem questionar nada, apenas falava sim senhor (a). Tinha tudo o queria, viva rodeada de serviçais que faziam todas as suas vontades, mas, toda essa mordomia não a deixava muito feliz, pois apesar de ter tudo que queria era uma menina triste, nunca saia de casa pra nada, não porque não queria e sim por ordens de seu pai, ela só poderia sair de casa e mostrar seu lindo rosto pálido, cabelos e olhos muito negros, de boca carnuda e o nariz fino, na igreja, assim que não mais a pertencesse e sim ao seu marido; dizia sempre o seu pai. Essa severa decisão de Albuquerque causava varias especulações pela região e até mesmo fora da cidade. Pessoas comentavam de como seria essa menina tão misteriosa. Raramente saia de casa e quando saia era com um véu cobrindo seu rosto. Isso deixava flor deprimida em seu quarto. Motivo para seu pai adiantar o noivado. 


Escolheu o homem mais rico da região que vivia a uma légua da fazenda onde morava, o doutor e advogado Inácio Oliveira Bispo da Silva. Depois de conhecer melhor o tamanho da fortuna do pretendente Albuquerque já considerava Inácio como futuro genro, e mesmo sem o consentimento da mulher e filha, mandou preparar um jantar muito especial, para uma ótima surpresa, que seria às oito horas da noite em sua fazenda. Mandou a mulher arrumar a filha com o mais belo vestido e colocasse o melhor perfume, para noite. E assim foi feito. Flor estava como uma princesa, com o mais lindo vestido e o melhor dos perfumes, o que despertou rápido interesse de Inácio, não amor e sim o impetuoso desejo de desvirginar aquela linda donzela e fazer dela sua propriedade. Sendo ela jovem, venerável e inocente ficaria mais fácil de enganá-la e domina-la, transformando-a assim em seu adorno. Albuquerque estava totalmente encantado com Inácio, Catarina sua mãe... Bom não era muito de falar só fazia o que seu marido mandava, era totalmente submissa a ele, talvez até mais que Flor, tudo o que Albuquerque fazia ela aceitava. E claro estava a favor do casamento. Já Flor coitada mais assustada do que antes, só ela via a verdadeira face de Inácio. Claro na frente de seus pais ele era uma coisa, na frente dela era outra completamente diferente. Vivia tentando arrancar um beijo mesmo a força de Flor, quando ficavam a sós. Flor não conseguiu impedi-lo até chegar o casamento, pois em uma bela tarde Inácio não só consegui arrancar apenas um beijo de flor mais sim se deitar com ela, em um dos seus passeios no campo. Do seu beijo roubado foi tirando a roupa dela e a deixando completamente nua e a jogou no chão e fez dela o que quis por algum tempo, a fez delirar de tanto prazer, com seus suspiros ingênuos, fez coisas que ela nunca imaginou fazer com um homem, sendo ele jovem ou 25 anos mais velho que ela, como Inácio. Depois de tê-la só pra ele como sempre quis Inácio a levou pra casa e a partir daquele dia não parou de abusar dela, sempre em seus passeios se deitava com ela, fazendo-a suspirar de prazer intenso. Mais ao contrario do normal Flor gostava de se deitar com ele, só na hora que estava tomada de prazer, porque depois ela o odiava. Pois começava ele forçando-a e depois ela mesmo se entregava em seus braços. Durante o tempo que flor foi abusada por Inácio, ficou muito estranha não falava com ninguém, nem fazia nada só ficava em seu quarto. O que fez seu pai tomar uma decisão trazer sua prima Mileide para passar uns temos com Flor. Uma decisão aparentemente prudente a sua visão.


Mileide Gonçalves de Azevedo, mulher delicada, inteligente, fina e educada como nunca se viu. Talvez fossem esses os atributos que despertaram tanto interesse de Inácio. Falava fino, usava os melhores perfumes e as roupas mais caras vendidas na capital. Nada tão diferente de Flor. Mas a razão para esse repentino interesse. Mileide já era uma mulher, tinha 30 anos, muito diferente de Flor que era apenas uma menina. Era vivida, complementada, sabia por suas opiniões, bem diferente de Flor nesses aspectos. Inácio olhava para Mileide com desejo, talvez até mais desejo de quando olhava para Flor.Ele não conseguia disfarçar o interesse por essa mulher tão atraente,que o conquistava com sua beleza e ousadia tão profundas.E Flor não conseguia disfarçar o desgosto que a presença da prima lhe causava.Achava Mileide fingida que só estava esperando o momento certo para tomar seu marido.Já que era viúva de um conde muito do rico,o interesse dela só poderia ser por amor,pensava Flor,da maneira mais ingênua.Seus pais passaram a perceber esse pequeno ódio que ela guardava por Mileide e decidiram ter uma conversa com ela.Nessa conversa decidiram que Flor iria passar alguns dias com sua tia Adelaide,mulher sábia e vivida ,que saberia cuidar muito bem dela.No fim de semana já estava pronta para a viagem.Despediu-se dos pais,da prima fingida e de seu futuro marido.E lá foi se flor,com o coração apertado,pois nunca ficou tão longe de casa antes.E também por nervoso,pois não sabia o que lhe esperava em São Bento,cidade onde sua tia morava.


    Chegando a São Bento três pessoas esperavam por Flor. Seus primos, filhos de Adelaide. O mais velho se chamava Aurélio, tinha fama de conquistador, era mais um boêmio aventureiro, que estava disposto a conquistá-la. As outras duas se chamavam: Antonieta e Anita. Antonieta era a do meio e Anita a casula. Antonieta já era casada e saberia orientar Flor e Anita noiva de um fazendeiro da região.


    Flor estava feliz, pois tinha alguma companhia para conversar. E Aurélio feliz, pois achava que tinha mais uma linda jovem para conquistar. Ao contrario das outras meninas da cidade Flor não se encantou por ele, o desprezou o Maximo que pode, mais por respeito a sua tia Adelaide e pela sua educação não o tratou mal. Só fez a questão de deixá-lo afastado.


  Flor já estava ficando preocupa, pois se passaram três dias e sua tia Adelaide não havia chegado da sua viagem. Para melhorar seu humor suas primas a levaram para fazer um passeio pela cidade. Nesse passeio visitaram museus, fizeram compras e almoçaram no restaurante mais caro da cidade. De volta pra casa ficou surpresa, pois sua tia Adelaide já havia voltado de seu passeio e com ela trouxe um rapaz. Ele se chamava Antonio, era apenas um ano mais velho que Flor, bonito e gentil, sabia tratar muito bem uma mulher, essas foram às descrições de Adelaide em relação a ele. Ficou órfão depois que seus pais morreram em acidente de carro, há três dias atrás. E como Adelaide tinha um coração muito bom resolveu traze-lo para trabalhar em sua fazenda. Quem não ficou nada feliz com essa decisão foi Aurélio, pois ficou morrendo de raiva quando Antonio e Flor se olharam por algum tempo. Mal sabia ele que estava ficando apaixonado. Na sua cabeça era apenas uma questão de princípios.
Passeando pela fazenda ela encontrou Antonio e quando os dois se olharam seus olhos brilharam, o coração acelerou, as mãos ficaram suadas. Mas quando ele se aproximou para cumprimentá-la, ela saiu disparada, e acabou tropeçando,torcendo o pé. Antonio correu para socorrê-la e a levou para casa, ela apenas o agradeceu e ele sorriu.


    Chegando a casa Adelaide foi logo acudir flor bem preocupa, pois estava em sua responsabilidade e nos braços de outro homem. O que iria pensar seu primo Albuquerque se soubesse desse acontecimento e que sua filha estava se interessando por outro homem, sendo ele um mero empregado?
Motivo para Adelaide adiantar a volta de Flor. Conversou com ela explicou o que estava acontecendo e o motivo de sua volta. Flor ficou assustada, pois não sabia se estava de verdade interessada pelo rapaz, só falou que gostou dela e que é muito grata a ele por acudi-la num momento muito preciso. Ela só fez confirmar a suspeita de Adelaide que temia que flor se apaixonasse. Então decidiram que depois de três semanas ela voltaria.


     Depois de uma semana na casa da tia, Flor recebeu uma carta dos pais contanto as novidades e querendo saber dos acontecimentos. Flor imediatamente respondeu contando que ia voltar depois de três semanas. Surpresa para os pais, alegria para o futuro marido.
Flor não andava mais com suas primas, se interessou por Antonio e só queria passear com ele. Mais preocupação para Adelaide.


      Antonio estava apaixonado por ela e Flor apenas se interessou por ele.Então em uma noite decidiram fugir.foi assim que ela teve um romance,se deitando com Antonio.voltaram pela manhã bem cedo,não havia ninguém acordado,exceto Aurélio.


      Depois de tomar seu café da manha com suas primas, Flor resolve da um passeio pela fazenda, com um propósito de encontrar Antonio, mas não sabia que ele tinha ido à cidade, por ordens de sua tia. Ela não viu Antonio, mas encontrou Aurélio. Que com muita raiva conta que sabe o que ela fez com Antonio. Ela o provoca alegando que não é nada dele. Ele fica atordoado e acaba batendo nela e a força a se deitar com ele. Depois a leva para casa como se nada tivesse acontecido.


    Anita e Antonieta logo perceberam que havia algo de errado com os três, nenhuma surpresa para Adelaide, pois já sabia que seu filho estava apaixonado por Flor, assim com seu criado Antonio. E se desesperou ainda mais ao saber que ela havia se deitado com os dois, contou lhe Aurélio. Pois sabia que flor não estava apaixonada por nenhum, e sim um interesse passageiro nos dois. O que agoniava Adelaide ainda mais era saber que ela estava gostado de ter os dois aos seus pés,realizando todos os seus pedidos,com dois cães adestrados.para resolver esse problema tomou uma decisão.procurou duas donzelas,as mais lindas da cidade,para casa-las com seu filho Aurélio e Antonio. Mas porque com Antonio ele era apenas seu criado?o que ninguém sabia era que Adelaide devia um grande favor a Antonio,sendo ela que provocou o acidente com os pais dele.não foi a toa que ela demorou tanto em sua viagem a capital.casando Antonio matava dois coelhos com uma cajadada só.pagava a divida com ele,casado-o com uma linda moça e dando-lhe um bom pedaço de terra para enriquecer e afastava-o de flor.
Ao contrario de Antonio, Aurélio recusou até quando pode, mas sua mãe o convenceu.


      Assim foi feito Antonio e Aurélio se casou e foi passar lua de mel na capital bem longe de Flor, assim também aconteceu com Anita que também se casou naquele dia.


      Passou três meses, mais do que o tempo deliberado, Flor tinha que ir embora, despediu-se de todos e foi. Como a ferrovia estava em reforma, ela teria que ir de charrete, mas as estradas eram muito perigosas, então Adelaide resolveu mandar Luiz, um rapaz muito esperto para acompanhá-la, até em casa.


      Luiz e Flor ficaram muito amigos nos três dias de viagem. Ele era muito bonito, divertido e inteligente. Trabalhava também como comediante no centro da cidade com seus irmãos, para ganhar alguns trocados, ajudavam muito Adelaide com suas compras na cidade, e se tornou um homem de confiança para ela. Divertia muito Flor com suas performances. Até uma grande tempestade acontecer, pararam e dormiram em uma gruta que encontraram.


Chegando a casa flor foi recebida com uma recepção, com seus pais, sua prima Mileide e noivo Inácio e sua família. Pois seu pai já havia preparado tudo para o casamento só faltava o dia chegar.


         Todos jantaram e foram se deitar. Mas havia algo de errado Mileide e Inácio, estavam se olhando diferente, com desejo nos olhos. Logo flor percebeu que eles estavam tendo um romance, para se vingar deles Flor vai ao quarto do noivo de Mileide, o seduz e passa uma noite com ele.logo pela manha volto para o quarto como se nada tivesse acontecido.


        Seu casamento seria na domingo flor tinha apenas três dias para se preparar. E nesses três dias mantêm uma relação com o noivo de Mileide.
O dia do casamento chega, todos estavam muito nervosos, inclusive Flor que não queria se casar com Inácio. Mesmo assim se casa e passa a se chamar Flordelis Oliveira Bispo da Silva. Ela continuo morando na fazenda,que como prometido passou para seu nome.


      Dias depois deu a noticia que estava grávida todos ficaram muito alegres, mas ela meio preocupada, pois não sabia quem era o pai da criança, para todos era Inácio,mas ela sabia que poderia não ser filho dele. A única solução era esperar ele nascer para ver que fisionomia iria ter, assim saberia de quem ele era filho.


Meses se passaram For já estava pronta para dar a luz. Teve um menino. A quem deu o nome de Leôncio, muito bonito, que herdou toda sua fisionomia, cabelos e olhos negros pele muito clara.


         Ficou desesperada, mas não poderia deixar ninguém perceber isso. Então achou outra solução esperaria seu filho crescer para ver qual seria sua personalidade e assim descobrir quem é o pai. E quando fizesse 15 anos lhe contaria toda verdade até lá todos continuaram pensando que o pai era Inácio.
15 anos se passaram flor tinha 30 anos e Inácio 45 anos. Viviam todos em harmônia, Inácio ainda trabalhava. Assumiu todos os negócios da família. Já que Albuquerque não estava mais com condições. A mãe de flor havia falecido e ele estava muito doente, tinha poucos dias de vida.
Leôncio já tinha a idade certa para saber de todo verdade, bastava saber se Flor já sabia quem era o pai. E ela sabia.


          Ele ficou surpreso ao saber que era filho biológico de outro homem e não de Inácio. Flor lhe contou toda a história e falou que ela teve um breve romance com esse homem maravilhoso, muito engraçado que pela primeira vez na sua vida a fez sorrir de verdade. Era ele um comediante que morava na mesma cidade que sua tia Adelaide, o nome dele era Luiz, que a ajudou a chegar em casa, e numa tempestade dormiu comigo em uma gruta, contou-lhe Flor.E como soube que era filho dele?Perguntou Leôncio. Simples você tem varias personalidades, e seu pai ele era um comediante tinha varias faces. Peço que me perdoi, pediu Flor. E ele a perdoou. Mas lhe fez um pedido, queria muito conhecer seu pai. E com o propósito de visitar sua tia Adelaide o levou para São Bento cidade onde Luiz ainda morava.


       Chegando a São Bento logo procurou Luiz e o encontrou muito fácil, pois todos já o conheciam, Luiz havia se tornado um famoso comediante daquela cidade. E quando o encontrou Leôncio deu um abraço muito apertado chamando-o de pai.
Passou uma semana e Flor tinha que voltar para casa mais antes passou na casa da tia Adelaide, lá encontrou toda a família reunida inclusiva Aurélio e Antonio que estavam muito felizes, com seus filhos e esposas. Depois voltou para casa com seu filho e disse a ele; filho eu quero que você se case por amor e não por negócios, não quero que acabe como eu e como todos os outros homens que passaram por minha vida.


       Hoje Flodelis é uma idosa, seu filho Leôncio se casou com uma linda moça, por amor assim como ela queria. Seu marido Inácio havia morrido, ela ficou sozinha, e para si sentir melhor resolveu escrever um livro contando a história da sua vida. Com a esperança de influenciar muitos jovens a se casar por amor e não por negócios assim como
ela,que fazendo isso estragou toda uma vida.